O antigo debate sobre se devemos abastecer antes do treino ou ir para a academia com o estômago vazio continua. Os treinos em jejum e com alimentação têm seus proponentes, cada um alegando superioridade no crescimento muscular, queima de gordura e desempenho geral.

Mas o que a ciência realmente diz sobre essas duas estratégias? E qual deles reina supremo para você?

O poder do combustível pré-treino (treinos alimentados)

Comer antes do exercício, muitas vezes chamado de “treino alimentado”, oferece várias vantagens:

  • Energia Sustentada: Consumir carboidratos antecipadamente reabastece os estoques de glicogênio do seu corpo – essencialmente, glicose armazenada que abastece seus músculos durante a atividade. Isto evita a fadiga e permite-lhe esforçar-se com mais força, especialmente durante treinos mais longos ou mais intensos.
  • Aumento de desempenho: Estudos mostram consistentemente que abastecer seus músculos com um lanche ou refeição pré-treino melhora o desempenho geral: força, potência e resistência aumentam.

  • Implante de recuperação muscular: A proteína consumida antes do exercício inicia a reparação muscular mais cedo, minimizando a quebra de proteínas durante o treino e preparando o terreno para um crescimento mais rápido.

O que comer para obter o combustível pré-treino ideal

Procure uma combinação de carboidratos e proteínas cerca de 30 minutos a quatro horas antes da sessão:

  • Lanches rápidos e fáceis (30-60 minutos antes):
  • Banana com manteiga de nozes
  • Torrada integral com ovo cozido
  • Aveia com frutas
  • Refeições mais substanciais (2 a 4 horas antes):
  • Iogurte grego desnatado com granola
  • Hummus e biscoitos integrais
  • Smoothie de frutas com proteína em pó, manteiga de nozes ou iogurte grego desnatado

O treino em jejum: vale a pena queimar gordura?

Algumas pessoas preferem treinar com o estômago vazio – treinos em jejum. A lógica geralmente gira em torno de aumentar a queima de gordura, uma vez que o corpo utiliza a gordura armazenada para obter energia quando o glicogênio está baixo. No entanto, as evidências aqui são confusas.

  • Potencial de queima de gordura: Embora treinos em jejum possam levar a um ligeiro aumento na oxidação de gordura, a pesquisa não provou conclusivamente que isso se traduz em perda de peso significativa a longo prazo em comparação com treinos alimentados.

  • Impacto do açúcar no sangue: Estudos sobre cardio em jejum sugerem benefícios potenciais para a sensibilidade à insulina e controle do açúcar no sangue ao longo do tempo, mas pesquisas mais recentes levantam questões sobre possíveis picos nos níveis de glicose durante exercícios em jejum.

  • Conforto digestivo: Malhar sem comer pode aliviar náuseas, lentidão ou desconforto estomacal sentidos por alguns durante a digestão.

Reconstrução após o exercício: a refeição pós-treino é mais importante

Quer você tenha se exercitado em jejum ou alimentado, reabastecer seu corpo após o treino é crucial para a recuperação e o crescimento muscular.

  • Reparação e crescimento muscular: A proteína após o exercício fornece aminoácidos essenciais, iniciando o processo de reparação e construindo novo tecido muscular.

  • Redução da dor: A ingestão adequada de proteínas minimiza a dor muscular de início tardio (DMIT) e reduz o risco de lesões futuras, promovendo uma cura mais rápida.

  • Reposição de energia: Os carboidratos restauram os estoques de glicogênio esgotados durante o exercício, combatendo a fadiga e deixando você com energia para a próxima atividade.

O que comer após o treino: tempo e nutrientes

Procure consumir uma refeição ou lanche dentro de 30 minutos a uma hora após treinos de alta intensidade (levantamento de peso, corridas longas). Para sessões mais curtas e menos intensas, coma quando a fome bater. Priorize proteínas e carboidratos:

  • Recuperação Rápida:
    *Ovos mexidos com torradas
  • Iogurte grego com frutas e granola
  • Shake de proteína com frutas
  • Refeições Balanceadas:
  • Frango e arroz
  • Sanduíche de salada de atum com pão integral
  • Aveia com manteiga de nozes e frutas

O veredicto: ouça seu corpo

Em última análise, a “melhor” estratégia – em jejum ou com alimentação – depende dos objetivos individuais, do tipo de treino e da preferência pessoal. Ambas as abordagens podem ser eficazes quando combinadas com uma nutrição geral adequada e um descanso adequado. Experimente diferentes estratégias e preste atenção em como seu corpo responde.

Lembre-se de que exercícios consistentes combinados com uma dieta saudável que apoia seu treinamento são a chave para alcançar o sucesso no condicionamento físico a longo prazo.